Monday, August 7, 2017

Ha seis meses dando aula sobre crianças em situação de risco na Ásia

Ruas e becos estreitíssimos, com estruturas em pedras cinza escuro e ricamente decoradas; descobrimos que são alguns dos 49.000(!) templos hindu que têm nesta ilha. Em todo lugar se encontra pequenas cestinhas com arroz, molho de soja, flores e incenso. Sim, tínhamos chegado à ilha de Bali! Uma ilha linda na Indonésia, porém, um lugar onde o povo vive debaixo de uma forte pressão para adorar os espíritos dos seus ancestrais.

Estamos desde Março deste ano numa longa viagem por vários países na Ásia. Primeiro demos um curso Crianças em Situação de Risco durante 3 meses, e agora estamos dando vários seminários em diferentes lugares. Países lindos com pessoas bonitas e adoráveis crianças, mas cada lugar com seus desafios particulares.

 
Hinduísmo, medo e pobreza.

Quando alguém em Bali deseja se tornar cristão, os seus pais geralmente reagem de maneira negativa; pois eles esperam dos seus filhos que continuem o hábito de apaziguar os espíritos dos seus ancestrais com oferendas diárias, e que quando os próprios pais falecem, devem organizar uma caríssima cerimônia de cremação num templo hindu. Muitas famílias acabam se endividando desta forma. Uma grande parte da população já vive em pobreza, e acaba se empobrecendo cada vez mais por causa desses costumes. Parece um ciclo interminável de pobreza.

Mas quando os filhos realmente se tornam cristãos, hão de parar com estes costumes de gastar dinheiro em caros rituais e oferendas diárias nas cestinhas nos templos. As pessoas em Bali, que sempre fizeram isso pelos seus ancestrais, vivem com medo. Elas viveram suas vidas amedrontadas pelos espíritos dos ancestrais e de demônios, e eles têm grande dificuldade em aceitar o amor libertador de Deus e o sacrifício que Jesus já pagou por eles. É de quebrar o coração observar uma ilha que parece um paraíso, mas onde as pessoas vivem em tão grande opressão.


JOCUM em Bali

JOCUM Bali tem há anos um grupo grande de missionários internacionais que procuram alcançar as crianças, suas famílias e comunidades. Como por exemplo, Roberto, um amigo do Brasil que está tentando começar um centro comunitário num bairro carente de lá. Dessa forma ele visa transformar aquela comunidade através o amor de Deus.


Tem um grupo bom de missionários da própria Indonésia também, e vários se tornaram nossos alunos durante o seminário, juntamente com alguns jocumeiros de outras bases e membros de igrejas locais. Veio até uma pessoa da JOCUM de Papua Nova Guiné. Para esse grupo bem diverso demos um seminário de duas semanas, e num sábado de manhã foi dada a oportunidade de colocar em prática algumas coisas que aprenderam: convidaram um grupo grande de crianças da comunidade para a base. Os alunos tinham preparado um programa bem atraente. Foi um tremendo sucesso!

“Foi a primeira vez que realmente gostei de fazer um programa com as crianças. Pena que passou tão rápido”, disse um deles.

“Foi fantástico e muito recompensador!”, exclamou outro.

Depois de duas semanas bem intensas, fechamos o seminário com um culto de gratidão. Um dos alunos, um ex-menino de rua, deu um testemunho:

“Apendi tanta coisa nova sobre crianças em risco”, ele disse. “Vou trabalhar de maneira bem diferente, mas além das coisas novas, também recebi muita cura de umas feridas interiores. Sou muito grato a Deus”!

Nós também curtimos nosso tempo lá! Mas logo chegou a hora de embarcar no próximo avião para Jacarta.



Jacarta, que cidade imensa.

Muita gente em Bali já tinha nos dito que Jacarta ia ser bem diferente, e isso era bem visível desde que a sobrevoamos antes de o avião pousar. Enquanto a capital de Bali, sem prédios altos, parecia uma aldeia inchada, dava para ver que Jacarta era um mar de prédios, uma megacidade com cerca de 20 milhões de habitantes. E, ao invés de muitos templos hindus, vimos muitas mesquitas – a influência muçulmana era bem mais evidente.

A JOCUM tem uma pequena equipe pioneira no coração da cidade desde o ano passado. Moram numa casa de madeira com escadas estreitas e íngremes, que foi construída ainda pelos holandeses na época da colonização. Sentimos-nos em casa :)


Todos os nove missionários da equipe são naturais da Indonésia mesmo, tal como os demais participantes do seminário, incluindo uma jocumeira de uma equipe da Tailândia. Estavam muito interessados em aprender sobre o trabalho com crianças em situação em risco e nos apresentaram um esquema onde daríamos aula de manhã, de tarde e de noite! Foi bem intenso, mas quando os alunos estão tão motivados em aprender, deixa a tarefa de ensinar bem leve!

Aulas

Se tiver interesse em saber quais aulas estamos dando nesse seminário, basta checar no nosso blog com um clique aqui!


Cebu, uma cidade nas Filipinas

Desde então chegamos às Filipinas, na cidade de Cebu, onde daremos o último Seminário sobre Crianças em Situação de Risco nessa viagem asiática. De todos os países onde já fomos, aqui se parece mais com o Brasil, considerando seu passado de colonizadores católicos, grandes problemas com corrupção e consumo de drogas, e uma ampla divisão nas classes sociais, visível na enorme quantidade de favelas.

Estamos hospedados numa linda base da JOCUM. Tem ministérios com crianças em nove comunidades carentes diferentes, utilizando espaços livres debaixo de viadutos e qualquer cantinho disponível, seja em pracinhas, campinhos, prainhas, etc.


Gostaríamos de ter uma escola Crianças em Risco completa aqui nas Filipinas para poder treinar melhor os obreiros, e vamos trabalhar para que isso seja realizado num futuro próximo. Estejam orando conosco sobre a multiplicação destas escolas na Ásia, pois as necessidades aqui são imensas.


Enquanto isso, no Brasil

Recebemos notícias bem legais do Brasil nas últimas semanas. A base de Belo Horizonte, onde começamos o ministério com Crianças em Situação em Risco, e que dirigimos durante 27 anos (até 2013), celebrou o aniversário de 30 anos de funcionamento em seis das suas casas. Foi lembrado o que Deus tem feito durante esses anos, quantas crianças, adolescentes e famílias foram alcançadas. Temos tantos motivos para ser gratos a Deus!

Também a igreja no Rio de Janeiro, onde ficamos gratuitamente com todos os alunos durante 8 meses no ano passado com o programa ETED e Crianças em Risco, nos mandou lindas fotos do ministério com as crianças que nossa equipe iniciou, e que conseguiram dar continuidade. O ministério continua crescendo e famílias inteiras são alcançadas pelo amor de Cristo.


Janeiro de 2018: Escola Crianças em Risco na Holanda

Ao chegar de volta à Holanda em Setembro, prepararemos a Escola Crianças em Risco, com foco em crianças de refugiados, que está para começar na base de Heidebeek, da JOCUM na Holanda em Janeiro 2018. Serão três meses de aulas, seguidos de um tempo prático, provavelmente num campo de refugiados no sul da Europa ou no Oriente Médio. Gostariam de nos ajudar a recrutar os alunos certos, primeiramente orando conosco por isso, e depois passando informações às pessoas que têm chamado e visão para isso? Lembrando que a escola será somente em inglês. Maiores informações no website da JOCUM Heidebeek: http://ywamheidebeek.org/nl/car/. Muito obrigado pelo esforço!

Pontos de oração:
  • Agradeçam pela restauração da nossa saúde durante esta viagem;
  • Orem pelas famílias hindus em Bali que vivem cativas do medo. Que o amor que elas enxergam nos cristãos os convença do amor e esperança que há em Cristo;
  • Agradeçam pela equipe pioneira em Jakarta. Orem para que adotem as estratégias certas para compartilhar o amor de Deus na sua comunidade e na cidade;
  • Orem pelas crianças em Cebu, nas Filipinas, para que possam encontrar e conhecer Jesus desde cedo;
  • Agradeçam a Deus pelos alunos tão abertos com quem tivemos a oportunidade de compartilhar durante esta viagem;
  • Orem pela multiplicação da escola Crianças em Risco na Ásia;
  • Agradeçam pelo fato dos ministérios em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro continuarem funcionando tão bem;
  • Intercedam pela próxima Escola Crianças em Risco na Holanda.


A todos que têm nos apoiado nos últimos tempos em oração, finanças, mensagens e e-mails, nossos profundos agradecimentos. Somos gratos. Reconhecemos que sem estas parcerias a gente não seria capaz de continuar o que estamos fazendo. Desejamos a todos as riquíssimas bênçãos de Deus!

Com muito amor,

Johan e Jeannette





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