Wednesday, February 22, 2017

Fomos de encontro aos problemas, e fomos para ajudar.

Nossa carta de notícias está de cara nova, graças a nosso genro, Jonathan! Esperamos que isso deixe ainda mais claro que desde 2013 nossas cartas são notícias de cunho pessoal, diferente das cartas informativas da base da JOCUM-Belo Horizonte.

DANDO AULAS MUNDO AFORA

Em 1986 começamos e estivemos à frente da base da JOCUM, no centro de Belo Horizonte, e a lideramos até 2013. Isso nos deu muita experiência em como trabalhar com crianças em situações de risco. Em 2013 entregamos a liderança da base a novos líderes muito capazes.

Desde então estamos envolvidos integralmente com o treinamento de obreiros para ministérios com crianças em situação de risco, através de escolas e seminários no Brasil e por todo o mundo, usando a experiência que adquirimos e passando essas lições para a próxima geração. Em nossas aulas respondemos perguntas como: “Como trabalhar com crianças em situação de risco?”, “Como começar um ministério eficaz?”, “Quais são os erros a ser evitados?”, “O que a palavra de Deus nos ensina a respeito?”, etc.

Ensinando

Claro, já ensinamos esses assuntos há muitos anos nas escolas em Belo Horizonte e em muitos outros locais da JOCUM. Mas agora que não temos mais a responsabilidade da liderança da base ficou bem mais fácil aceitar convites para ensinar em outros locais mundo afora. Estamos viajando muito mais agora.

Foi, portanto, para evitar confusão entre as notícias da base da JOCUM-BH e os nossos informes pessoais que decidimos adotar este novo visual. Através de nossa carta vamos mantê-los informados sobre a nossa vida pessoal e nosso ministério no treinamento de obreiros em prol das crianças em risco. Nosso blog também recebeu esta cara nova! http://jlukasse-portugues.blogspot.nl/

EM CASA

“Onde vocês moram agora?”, é uma pergunta que ouvimos frequentemente. Um de nossos netinhos tinha certeza de que morávamos num avião J. Não está exatamente correto, mas dá para perceber a lógica por trás disso! Oficialmente ainda morarmos em Belo Horizonte, onde ainda temos nossa casa, mas em grande parte do tempo não estamos por lá em decorrência das viagens. Mas aí vem a questão: O que quer dizer estar em casa, ou onde você se sente em casa? Johan costuma dizer: “Estar em casa é onde estamos juntos!” Talvez pareça um pouco clichê, mas realmente funciona bem, e desse jeito dá para nos sentirmos em casa em todos os lugares onde estamos juntos!

Em casa!

PARA O IRAQUE PELA QUARTA VEZ!

No momento estamos na Holanda. Tínhamos planejado estar aqui desde o início de Dezembro de 2016, mas logo antes de viajarmos, fomos convidados para ir mais uma vez ao Iraque ainda em Dezembro, a fim de ministrar novamente um seminário sobre como ajudar crianças refugiadas a processar o trauma. Seria nossa quarta viagem ao Iraque em 2 anos. Após a terceira viagem tínhamos entendido que não seria mais necessário voltar, e honestamente ficamos aliviados com isso.

Nossos alunos escutando com atenção as histórias das crianças

Então, com esse novo convite, precisávamos rearranjar nossas ideias. Mas quando oramos, senti fortemente Deus me falando de Romanos 15:1-4. Na versão da Mensagem:

Aqueles de nós que forem mais fortes e capazes na fé têm o dever de ajudar os que são vacilantes, não devem fazer apenas o que for conveniente. Se temos força é para servir, não para ganhar prestígio. Cada um de nós precisa se preocupar com o bem-estar alheio, sempre perguntando: “Como posso ajudar?”.

Foi o que Jesus fez. Ele não facilitou as coisas para si mesmo, evitando os problemas alheios, mas sempre estava disposto a ajudar. “Assumo os problemas dos problemáticos” — assim as Escrituras apresentam a questão. Ainda que isso tenha sido registrado nas Escrituras há muito tempo, estejam certos de que foi escrito para nós.

Bem, isso deixou a questão bem clara! Quantas vezes estou tentando facilitar minha vida, ignorando os problemas dos outros? Mas Jesus fez exatamente o oposto, Ele foi de encontro aos problemas, e foi para ajudar.


Assim, fomos novamente ao Iraque, desta vez para dar aula para 22 professoras cristãs – todas refugiadas – que desejavam ajudar as crianças da sua comunidade. Acabou sendo uma viagem maravilhosa, e um seminário com um grupo extraordinário de jovens professoras. Apesar do tempo ali estar extremamente frio (dormi com blusas de frio e até com luvas J), o clima entre elas era bem caloroso. Tivemos oportunidade de encorajá-las de várias formas, e é claro, passamos para elas o programa de como ajudar crianças a processar os traumas e as perdas que sofreram por causa dos conflitos.


Temos os livrinhos que usamos para isso em PDF, e se tiverem interesse em usá-los, ficaríamos contentes em mandá-los de graça!

NA SÉRVIA, REFUGIADOS NA NEVE

Neste mês de Fevereiro demos um seminário sobre o uso desse livrinho durante uma conferência em Budapeste, na Hungria. Ali estavam mais de 150 representantes de organizações cristãs que estão ajudando refugiados na Europa. Foi um tempo de oração, compartilhamento de experiências e planejamento de novas estratégias.

Refugiados na neve

Durante aquela semana tivemos uma oportunidade de cruzar a fronteira com a Sérvia e visitar um grupo de refugiados. Nossa igreja na Holanda tinha recolhido 52 quilos de roupas de frio e telefones celulares. Levamos tudo nas nossas malas!

É inacreditável, mas existem pelo menos 5.000 refugiados na Sérvia que não recebem nenhuma assistência oficial do governo. Eles ficam no frio em galpões abandonados sem água ou eletricidade, ou então simplesmente acampados ao ar livre no meio das árvores. Eles desejam continuar sua viagem rumo à Europa Ocidental, mas a Hungria fechou as fronteiras e só passam 10 pessoas por dia. Alguns já estão ali estacionados há mais de 6 meses nessas condições.


Visitamos um acampamento improvisado, onde um grupo de cristãos tenta levar comida e roupa diariamente para um ajuntamento de uns 200 refugiados de 14 a 25 anos de idade.

Os refugiados estavam muito gratos pela ajuda. Mas nos surpreenderam ao pedir mais: “Somos gratos por vocês terem vindo e nos dado tudo isso, mas, por favor, poderiam orar para um milagre acontecer, de podermos seguir viagem, e por proteção?” Até onde sabemos, todos são muçulmanos, mas queriam que orássemos por eles!

Durante a conferência em Budapeste ouvimos muitas histórias de todos os cantos da Europa sobre centenas de muçulmanos dando suas vidas a Cristo. Eles estão tão abertos agora! Por favor, orem pelos refugiados e pelas pessoas que os estão ajudando, e pergunte a Deus o que você pode fazer a respeito.

PODEM NOS AJUDAR A DIVULGAR?

Gostariam de ser treinados para trabalhar com crianças refugiadas? Conhecem alguém que está procurando treinamento? Planejamos oferecer o Curso Crianças em Situação de Risco em Janeiro de 2018 na base da JOCUM na Holanda, com foco especial em crianças refugiadas. Por favor, ajudem-nos na divulgação!

Para maiores informações, contate-nos: johan@jocum.org.br

Se vocês gostariam de apoiar-nos no que se refere aos custos adicionais que estamos tendo em nossas viagens para ajudar crianças refugiadas e para organizar as Escolas Crianças em Risco? Há diferentes maneiras de fazê-lo. Para doar, por favor, dê uma olhada nesta página do nosso blog.

Avô Johan, lendo para sua neta mais nova

Gostaríamos de agradecer a todos que nos sustentam em oração, com encorajamento e financeiramente.

Que Deus possa abençoa-los ricamente.

Johan e Jeannette Lukasse



PONTOS DE ORAÇÃO:
  • Agradeçam a Deus pelas escolas Crianças em Risco no Brasil e em todo o mundo;
  • Orem pelos jovens que recebem o treinamento para que obedeçam a Deus e ofereçam suas vidas em prol das crianças em situação de risco;
  • Orem pelos refugiados no norte do Iraque: 300 mil cristãos e 2 milhões de muçulmanos;
  • Agradeçam pelas e igrejas e organizações que estão ajudando da maneira que podem;
  • Orem pelo 65 milhões de refugiados em todo o mundo, e pelas 34 mil pessoas que diariamente precisam fugir das suas casas;
  • Orem pelas igrejas e organizações que estão demonstrando amor e hospitalidade da maneira Bíblica, a filogenia: tratando o estrangeiro como amigo (o oposto seria xenofobia: medo dos estrangeiros).