Tuesday, May 15, 2018

Gratos a Deus, vendo como Ele esta usando os nossos alunos para ajudar os refugiados.

Como será que refugiados se sentem? E como podemos nos identificar com eles? Isso pode ser bem complicado, pois vivemos como se fosse num outro mundo. Eles perderam tudo enquanto nós estamos bem abastecidos.


Nossos alunos foram convidados para dar aula num evento organizado por uma das maiores ONGs da Holanda que trabalha com refugiados, sobre como ajudar crianças de refugiados a lidar com suas perdas e traumas. Temos um material muito bom para isso, mas antes de passá-lo adiante foi feito um exercício para poder refletir sobre as perdas que os refugiados sofreram e como possivelmente poderiam se sentir.


Sua vida em 16 papeizinhos

Todos os participantes, membros da igreja holandesa – e eles mesmos não sendo refugiados – receberam 16 pedaços de papel onde escreveram quais são suas 4 pessoas mais queridas, 4 atividades favoritas, 4 bens mais importantes e 4 sonhos a serem realizados no futuro. Logo tinham nos papéis nomes de cônjuges, filhos, pais, irmãos; atividades como: patinação, andar de bicicleta, fotografia; coisas como: computadores, carros, câmeras; e sonhos como: casamento, filhos, novo emprego, etc.

Com os obreiros da Escola Crianças em situação de Risco
Somente 4 sobrando

O clima foi legal. Pessoas estavam sorrindo ao anotar tudo isso. Mas, quando ouviram a atividade que tinham que fazer em seguida, os ares mudaram subitamente. Cada um tinha de deixar que seu vizinho escolhesse aleatoriamente 4 deste papeizinhos, e os outros 12 foram rasgados.

“Houve um ataque na sua cidade”, explicou um dos nossos alunos, “você precisou fugir e perdeu as 12 pessoas e coisas que estavam nestes papéis”. Dava para ouvir as pessoas prendendo sua respiração. “Mas as 4 coisas nos papéis restantes que seu vizinho escolheu, você ainda tem”. Rapidamente as pessoas verificaram o que lhes tinha restado naqueles papeizinhos. Alguns agradeceram seus vizinhos: “Você salvou meu irmão”, uma moça sussurrou. Mas a atmosfera tinha mudado drasticamente. Com os olhos arregalados, eles fitaram nossos alunos, que naquele momento passaram a distribuir um balão a cada um.


Balões estourando

“Podem encher o seu balão e escrever as últimas 4 pessoas, atividades, coisas ou sonhos que restaram”, foi dito. A sala ficou em total silêncio, enquanto tentavam, ainda chocados, imaginar o que indicaria isso. De repente, alguns dos nossos alunos se espalharam pelo salão e estouraram todos os balões. “Enquanto fugia, seu grupo foi atacado, e você acabou de perder suas últimas 4 coisas”, disse um dos alunos... “Como está se sentindo agora?”

“Estou com raiva”, exclamou uma senhora de cabelos loiros.

“Estou com muito medo”, sussurrou outra moça, “não tenho mais nenhuma razão para viver”.

“Me sinto sem esperança, perdi tudo”, disse uma jovem senhora com lágrimas nos olhos castanhos.

“Com raiva, com medo, deprimido, sem esperança...” De repente, sacaram! Sim, deve ser assim então que refugiados se sentiam. Porém, para eles não é um exercício com papeizinhos, mas a realidade....


Livrinhos “Existe esperança”

Uma introdução assim costumamos dar para grupos de pessoas que não passaram por experiências traumatizantes, para que os participantes tenham o mínimo de noção de como possivelmente refugiados se sentiam após ter perdido tudo. Crianças que sofreram perdas assim precisam de ajuda.

Ensinamos como dar instrução aos próprios pais, professores ou cuidadores, os quais então aprendem com o uso desse livrinho a escutar as histórias das crianças e as inspirar com nova esperança. Ajuda a mostrar às crianças que Deus as ama, e quer ajudá-las. Deus não os abandonou, mas deseja consolá-los. Em todo o sofrimento, medo e insegurança, o Senhor Jesus é a única pessoa estável em quem podem confiar. Crianças aprendem a colocar as mãos na mão de Jesus.


Campos de refugiados no Oriente Médio

Nossos alunos fizeram um ótimo trabalho, e isso serviu como excelente treinamento para os três meses de prático no Oriente Médio onde irão passar essas instruções para pais, professores e cuidadores de crianças em campos de refugiados.

 

Fim do tempo de aula

Os três meses de aula da escola Crianças em Risco que demos na base da JOCUM de Heidebeek, na Holanda, passaram voando. E além de alguns tempos práticos como o descrito acima, os alunos receberam uma gama diversa de aulas sobre crianças em situação de risco, sobre como estruturar e manter um trabalho com crianças, bem como evitar certos erros e aprimorar boas práticas. Este curso está inscrito junto à Universidade das Nações. Os alunos tiveram que fazer relatórios de livros, provas, projetos, entre outras coisas, e no final todos passaram com boas notas. Ficamos orgulhosos da turma e fechamos com uma noite de celebração. 


Agora os alunos já viajaram para seu tempo prático no Oriente Médio e estão trabalhando com as famílias refugiadas. Em junho vamos visitá-los e viajar com eles para outro país no Oriente Médio onde há também muitos refugiados. Por favor, estejam orando pela segurança deles e da gente.


Hungria, Suíça e uma conferência de avivamento

Mas antes disso, Johan e eu viajamos primeiramente para Hungria onde fomos convidados para dar uns seminários numa conferência Europeia com o lema “Alcançando as crianças da Europa”. Virão muitas pessoas principalmente do leste europeu representando igrejas e organizações missionárias. Fomos convidados também para dar aulas numa base da JOCUM na Suíça, mas entre estes dois compromissos iremos ainda acampar com dois dos nossos netos numa grande conferência de avivamento na Holanda. É esperada a participação de 50.000 crentes, e estamos com grandes expectativas.


Desafios de saúde

Nos últimos meses passamos um pouco mais tempo no hospital do que normal. Primeiro foi nosso filho Davi, que começou a se sentir muito mal num final de semana que passou conosco em casa. Corremos com ele para o hospital local, que logo nos encaminhou para o hospital das clínicas numa cidade maior. Ele foi internado com infecção nos rins e tratado com fortes antibióticos intravenosos. Por ele ter uma urostomia, fica mais vulnerável a esse tipo de infecção. Graças a Deus ele reagiu bem no tratamento e recebeu alta após poucos dias. Mas como também tinham feito um MRI, notaram algo estranho em seu estômago e esôfago. Foi marcado um teste especial pra seis semanas depois, e exatamente hoje ligaram dizendo que estava tudo bem. Que alívio! Por favor, continuem orando pela saúde dele.

Celebrando o aniversario do rei da Holanda com alguns dos nossos filhos e netos
Eu fiquei tentando achar uma órtese adequada para meu pé, que ficou parcialmente paralisado uns anos atrás. A nova que eu tinha recebido há pouco não é apropriada para climas quentes, além de que só coube em um par de sapatos, o que não configura um grande sucesso. Mas parece que acertei achando uma melhor, contudo, como já tinha dado meus velhos sapatos, vou ter que sair às compras de novo. Aí já gostei! 😊

Na praia, perto da cidade onde Johan nasceu, no sul da Holanda
Também precisei de tratamento em alguns lugares onde tive câncer de pele nos últimos meses. Isso é algo que preciso estar sempre atenta. Por favor, lembrem disso também ao orar pela gente.

Agradecemos a todos que nos apoiam em oração, encorajamento e finanças. Desejamos a todos as mais ricas bênçãos de Deus!
Com muito amor,

Johan e Jeannette

Pontos de oração:
  • Por favor, orem pelos refugiados e os seus filhos que moram nos acampamentos e perderam sua esperança; 
  • Orem pelos alunos que partiram para demonstrar nestes acampamentos a esperança que existe em Cristo; 
  • Orem pela segurança e proteção dos obreiros de curto e longo prazo na região do Oriente Médio, e também pela nossa viagem quando formos, em Junho; 
  • Orem pelas aulas e seminários que temos a oportunidade a dar em vários países e conferências; 
  • Orem pela nossa saúde e do nosso filho Davi; 
  • Agradeçam a Deus pelo seu amor e sua fidelidade.

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